Temos certeza que você já ouviu falar em EPI, Equipamento de Proteção Individual, principalmente durante a pandemia da Covid-19.

Em Manaus, por exemplo, esses itens básicos para a segurança dos enfermeiros, médicos ou qualquer outro profissional da  linha de frente, ficaram em falta durante o ápice da pandemia.

Ouvir falar é uma coisa, mas você sabia que ele desempenha um papel vital para colaboradores e empresas? Garantir proteção aos profissionais durante seu trabalho, por exemplo.

É comum que a execução de certas atividades, especialmente as mais manuais e operacionais, tragam alguns riscos para quem as faz. Portanto, assegurar o máximo de segurança para os funcionários deve ser algo prioritário.

Entretanto, ainda é comum ver profissionais e até gestores que ainda têm dúvidas sobre seu uso. Por isso, no artigo de hoje, você vai entender tudo sobre EPIs. Acompanhe a leitura!

O que é EPI?

 

EPI é a sigla de Equipamento de Proteção de Individual. Como o nome já nos adianta, são dispositivos ou itens que servem para proteger um funcionário contra acidentes de trabalho.

O seu uso é comum em serviços que trazem algum tipo de risco à saúde. Nesse cenário, podemos lembrar do setor da construção civil, bem como as atividades operacionais de fábricas, além das áreas médicas, como já citamos.

Porém, o EPI não é apenas uma recomendação. Segundo a Norma Regulamentadora nº 6, a empresa é obrigada a fornecer aos funcionários os equipamentos adequados para a realização das atividades nas seguintes situações:

  • Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais;
  • enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
  • para atender situações de emergência.

Essa análise precisa partir da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) junto ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

Assim, o EPI também é um item sujeito à fiscalização. O responsável por esse processo é o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Inclusive, caso a empresa não cumpra com as regras, pode receber uma multa.


Para que serve o Equipamento de Proteção Individual?

 

Em termos simples, o EPI serve para proporcionar segurança ao profissional durante o seu trabalho. Isso inclui proteção contra acidentes e até doenças que podem decorrer da ocupação.

Ou seja: é um item essencial para preservar a saúde dos colaboradores. Contudo, há um ponto que muitas vezes passa despercebido: ele também é responsável por trazer economia para as empresas.

Por exemplo: com organizações que desenvolvem tarefas insalubres e com nível de ruído acima dos limites permitidos. Não entendeu? “Palma, palma, não priemos pânico”, como já dizia Chapolin Colorado.

Nesse cenário, as empresas devem pagar um adicional de insalubridade. Isso é estabelecido pela NR 15, que delimita graus de enquadramento que variam de 10% a 40%.

Entretanto, caso ela disponibilize o EPI adequado, pode ficar isenta deste pagamento. Afinal, como os ruídos serão neutralizados, os danos previstos à audição do profissional não acontecerão.

Como garantir o uso correto do EPI?

Cada EPI é único e varia de acordo com as atividades. Dessa forma, existem diferenças nos itens para profissionais da construção civil e técnicos industriais, por exemplo.

Garantir o uso correto é uma dúvida comum. Para que o uso do Equipamento de Proteção Individual seja o adequado, é preciso que exista um esforço conjunto da empresa com os seus funcionários.

Esse trabalho bilateral será benéfico para as duas partes. Dessa forma, cabe à organização:

  • Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
  • ensinar o seu funcionamento e importância;
  • exigir o seu uso;
  • fornecer apenas equipamentos aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
  • orientar e treinar o colaborador sobre o uso adequado, armazenamento e conservação;
  • substituir os itens imediatamente quando danificados ou extraviados;
  • responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
  • comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;
  • registrar o seu fornecimento ao trabalhador.

Assim, o colaborador também deve:

  • Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
  • responsabilizar-se pela guarda e manutenção;
  • comunicar à empresa qualquer alteração que torne o equipamento impróprio para o uso;
  • cumprir as determinações da organização sobre o uso adequado.

Com essa parceria e compreensão, os riscos resultantes da má ou não utilização se minimizam consideravelmente.

Vale a pena investir em um checklist de EPI?

 

Um dos principais motivos que podem levar a erros em relação ao uso de um EPI está na falta de controle durante um processo. Embora essa seja uma situação comum, é algo que pode ser evitado.

Para isso, um checklist é fundamental. Nele, é possível adicionar os itens obrigatórios sobre os equipamentos necessários e os seus respectivos usos, tornando o gerenciamento como um todo mais eficiente.

Dessa maneira, os profissionais que vão usar o EPI terão uma melhor compreensão sobre seu manuseio e função.

Enquanto que os processos de inspeção, consequentemente, serão facilitados, pois será possível fazer comparações e avaliações com base nas imagens.

Quais são os EPIs mais comuns?

 

É preciso ter em mente que não são todos os EPIs que devem ser disponibilizados na sua empresa. Eles variam de acordo com o setor ou mesmo nível de exposição dos colaboradores.

Dessa forma, as regras para trabalhadores da indústria não são necessariamente as mesmas para quem trabalha com sistemas elétricos, por exemplo.

Entretanto, a NR 6 disponibilizou uma lista com os itens que se enquadram para cada tarefa. Ela é dividida de acordo com a parte do corpo que protege. Alguns desses itens mais comuns são:

  • Cabeça: Capacetes e capuz ou balaclava;
  • Olhos e face: Óculos, viseiras e máscara de solda;
  • Auditiva: Protetores auriculares, tampões e abafadores de ruídos;
  • Respiratória: Máscaras, filtros e respiradores;
  • Tronco: Aventais e coletes à prova de balas;
  • Membros superiores: Luvas, braçadeiras, mangotes e creme protetor contra agentes químicos;
  • Membros inferiores: Calçado (coturnos, botas e tênis, por exemplo), meia,  perneira e calça;
  • Corpo inteiro: macacão e outro tipo de vestimenta que cubra o corpo todo;

Contra quedas: Cinto e cinturão de segurança.

Como é feita a escolha do Equipamento de Proteção Individual?

 

O primeiro passo consiste na realização de uma Análise Preliminar de Risco (APR). É um estudo que vai detalhar cada etapa do trabalho para entender seus riscos. Ela deve acontecer antes mesmo de a empresa adquirir qualquer item.

Dessa forma, o objetivo é prever eventuais problemas e propor ações que controlem, neutralizem ou atenuem essas situações iminentes.

Com essa análise em mãos, primeiramente devem ser sugeridas as chamadas medidas de proteção coletivas. Elas incluem:

  • Organização do local de trabalho;
  • Instalação de sistema de iluminação, exaustão e ventilação;
  • Disposição dos itens de sinalização de segurança;
  • Proteção para as escadas;
  • Acessibilidade para deficientes físicos.

Assim, quando se identifica que essas ações não são capazes de fornecer a segurança necessária, adota-se o uso de um EPI.

Como os riscos já foram previamente analisados, o técnico em segurança do trabalho consegue determinar o equipamento que, de fato, supre as necessidades de proteção.

Além disso, é necessário conhecer a NR que se destina para cada tipo de atividade. Dessa maneira, a empresa faz uso do equipamento adequado e segue às normas obrigatórias.

Quem deve usar EPI?

Existem vários fatores que podem influenciar o uso ou não de um EPI. Em geral, o que vai determinar essa situação são as situações de risco, conforme apontado na APR.

Assim, é preciso contar com um profissional de segurança do trabalho. Será ele o responsável por fazer as avaliações e as orientações quanto a utilização do Equipamento de Proteção Individual.

Os profissionais também não podem se negar a usar o EPI. Como dissemos, esse é um processo que precisa de parceria entre todos os envolvidos.

Por isso, assim como as empresas devem fornecer os equipamentos, os profissionais precisam utilizá-los da maneira correta em todos os momentos.

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